Ceüse 2010

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23.8.11

Arco

Ao final da estadia na Alemanha, partimos eu e Juliana rumo à Áustria. O objetivo era escalar no granito austríaco em Zillertal, Tirol. No entanto, nossa viagem coincidiu com a entrada de uma frente fria. O tempo ruim fez com que mudássemos nossos planos e acabamos por passar dois dias nas redondezas de Innsbruck. Aproveitamos para escalar em Tivoli – o muro de escalada mais voltado ao treinamento que conheci até hoje. Vimos a equipe austríaca de escalada treinar para o mundial de Arco, quando parte do muro foi fechado e disponibilizado com exclusividade para o treino da equipe. Muito legal ver o foco tanto dos atletas quanto do muro de escalada nos treinamentos, com utilização inclusive de colete para sobrecarga. Não é à toa que os Austríacos têm dominado os campeonatos de dificuldade e boulder, com destaque para Anna Stöhr, Angela Eiter, Jacob Schubert e Killian Fischuber.

Após dois dias de muito volume em Tivoli, continuamos a viagem até Arco, cidade turística na Itália, próxima ao Largo Di Gardia. Como era verão e período de férias, a cidade estava lotada. O mais interessante é que os turistas vêm para curtir as montanhas e praticar esportes, principalmente ciclismo e escalada. A cidade é, inclusive, passagem obrigatória do Tour de France, a mais famosa prova de ciclismo do mundo. Conheci diversas pessoas que praticavam ambos os esportes.

Arco respira escalada. No centro da cidade tem um placar eletrônico fazendo a contagem regressiva até o dia do Campeonato Mundial de Escalada (na época faltava um mês para o evento). Esta competição pode ser considerada a mais importante do mundo, pois nela se consagram os campeões mundiais de escalada, direto, sem rankeamento. O outro campeonato organizado pela IFSC, a Copa do Mundo de Escalada, é disputado através de várias etapas em países diferentes e os campeões são decididos via pontuação (www.ifsc-climbing.org). Cartazes sobre escalada estão por todas as partes. Muitos bares e lojas têm TV passando filmes de escalada, inclusive a livraria da cidade. O guia de escalada é vendido em todas as lojas, até nas bancas de jornal. Aliás, se o intuito for fazer compras de equipamento de escalada, Arco é quase insuperável. A cidade possui quatro lojas especializadas em escalada, sem contar as lojas mais específicas como La Sportiva, North Face e Salewa, e o fluxo de turistas escaladores (leia-se compradores) é tão alto, que os equipamentos tendem a ser muito baratos, em função da concorrência e do elevado volume de vendas.

Com relação à escalada em si, Arco é fenomenal. As falésias estão entranhadas na cidade, cercando-a de calcário. O Castelo de Arco, cujo visual é deslumbrante, fica no cume de um imenso paredão rochoso. Arco possui diversos setores de escalada nas redondezas, assim como as demais cidades vizinhas. Tem escalada para todos os gostos, desde esportivas até paredes e vias ferratas. Em todas as partes se vê escaladores e se ouve o cintilar das ferragens. O setor mais famoso chama-se Massone e fica a cerca de três quilômetros do centro da cidade. Somente neste setor (incluindo o subsetor El Pueblo) deve haver mais de 300 vias. Apesar de haver algumas vias muito polidas de tão frequentadas, a grande maioria das vias são muito bem protegidas e de elevada qualidade. Para quem gosta de pizza, escalada e ciclismo, Arco é um prato cheio!

Chegando em Arco

Chegando em Arco

Fabio Gollum - Ape Poker 8a

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Visual da falésia de Belvedere; no fundo a falésia de Nago

Fabio Gollum - Big Spender 8c

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Castelo de Arco

Vista do Castelo de Arco

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