Ceüse 2010

Ceüse 2010
Ceüse 2010

24.3.12

Temporada de treinos e muita escalada na Cidade Maravilhosa

Por pouco mais de seis meses minha rotina consistia em treinar de segunda a quinta-feira e escalar na rocha aos sábados e domingos. Minha sequência semanal incluía cerca de 30 minutos de treino funcional antes do almoço, abusando dos elásticos. À noite, após um longo dia de trabalho e locomoção, treinava cerca de 2 horas no muro de escalada. Nas semanas em que me sentia demasiadamente cansado, ou quando eu projetava um repouso maior, descansava também ou na segunda ou na quinta-feira, além do habitual descanso às sextas. Uma observação: a maioria dos meus dias de descanço foram ativos, pois eu seguia minha rotina de treino funcional.

Durante a semana, uma vez que meu tempo disponível era escasso, meus treinos no muro eram muito metódicos, com boulders e vias pré-determinadas (na maioria das vezes) e, principalmente, cronômetro guiando a progressão dos exercícios (sempre). Quando chovia muito a ponto de babar as agarras do muro – em alguns dias chegava a formar poças dentro das agarras a despeito do telhado, tamanho era a força da chuva de vento – me empenhava no finger board.

Meu corpo se adaptou à intensa carga de exercícios, mas ainda assim eu sentia – e ainda sinto – a falta de um bom campus board. Em contra partida, meu finger board cumpria bem o seu papel. Utilizei meu colete com afinco, colocando sobrecarga de 5 ou 10 kilos, sobretudo nos treinos de resistência e nos com finger.

Nos finais de semana era a hora da diversão, o momento mais esperado. No início frequentei bastante a Pedra da Ostra, até conseguir realizar o FA (primeira ascensão) do meu projeto pessoal, a via Enigma do Diedro, cujo grau reside entre 9c (8a fr) e 10a (8a+ fr). Esta via de aproximadamente 35 m de extensão é absolutamente incrível! Após um longo 7c com vários descansos, a via percorre um teto / negativo alucinante com direito a passada a montê.

Logo após, por questões pessoais (positivas – tem um novo monstrinho chegando), me vi obrigado a estar todos os finais de semana em Niterói, meu QG oficial. Neste ínterim, voltei a frequentar o Campo Escola 2000 assiduamente, entre uma visita ou outra à Barrinha. No final do ano de 2011 e início de 2012, virei local da Falésia dos Primatas, em grande parte por ter sido expulso pelas famigeradas mutucas do Campo Escola 2000 e em pequena parte devido às chuvas intermináveis e ao calor intenso.

A Falésia dos Primatas fica no Horto, ao final da trilha que vai para a Cachoeira dos Primatas. Apesar de ser uma falésia relativamente pequena (são 4 vias com 5 a 6 proteções), é uma falésia extremamente agradável, quase sem mutucas, na sombra e de clima ameno. As suas vias, embora curtas, são muito negativas, com angulação variando entre 45 e 55 graus. São vias explosivas e bem atléticas, mas que não afetam tanto a pele, se comparadas às outras falésias do Rio de Janeiro, sendo que as vias Orangorock e Lula Lelé são muito clássicas e belíssimas.

A trilha para a Falésia dos Primatas é bastante frequentada em função da Cachoeira dos Primatas. O traje de banho é item obrigatório em uma visita a esta falésia. Partindo da base das vias, em dois minutos, ou menos, chega-se à cachoeira, cujas águas refrescam não só o corpo, mas lavam a alma profundamente.


Muro de escalada

Muro de escalada

Muro de escalada

 
Muro de escalada

Muro de escalada

Muro de escalada

 
Fabio Gollum - Enigma do Diedro 9c / 10a

 
Fabio Gollum - Enigma do Diedro 9c / 10a

Antônio Sérgio Monteiro - Roleta Russa 9c

Fabio Gollum - Lula Lelé 9c

Fabio Gollum - Lula Lelé 9c

 
Fabio Gollum - Lula Lelé 9c

Fabio Gollum - Lula Lelé 9c

Fabio Gollum - Lula Lelé 9c

Fabio Gollum - Lula Lelé 9c

Fabio Gollum - Lula Lelé 9c

Fabio Gollum - Lula Lelé 9c